Conclusões do XI ECA - para apreciação!

Estas conclusões não integram, ainda, os 3 painés a que assistimos no período da manhã. Apresentam "apenas" o resumo dos trabalhos da tarde e da sessão inaugural representando, no fundo, os tais factores de que falámos para um Gabinete de Comunicação Autárquica ideal.
Estas conclusões serão enviadas aos Presidentes das Câmara Municipais para que conheçam as nossas necessidades. Como tal, gostariamos que nos fizessem chegar eco das mesmas, alterações, omissões, enfim, o que considerarem!

As Conclusões do XI ECA são:

1. A Comunicação Autárquica vive hoje uma fase de transição, ou uma evolução transitória a três níveis: dos factores políticos; da afirmação profissional dos Técnicos; dos suportes informáticos.
2. Deve ser reconhecida a figura institucional do Técnico de Comunicação Autárquica.

3. A formação superior foi determinante para a valorização e afirmação dos Técnicos de Comunicação Autárquica. O ensino superior deve apostar nesta área de formação com cursos específicos nesta área profissional.

4. Os Boletins Informativos têm evoluído, eram mais arcaicos. Têm que ser bem pensados, mais profissionalizados.

5 A relação entre a Comunicação Autárquica e a Imprensa evoluiu.

6. Os novos suportes de informação e difusão aliados às novas tecnologias são um grande avanço. Os novos suportes trazem novos desafios. O critério editorial de um Boletim é diferente de um Site.

7. Um dos grandes problemas desta área profissional é a questão legal e enquadramento profissional. A Lei da Imprensa rege os Boletins Informativos mas um Boletim não é igual a uma Jornal, assim como na Comunicação Autárquica não há a isenção a que obriga o Jornalista. O Técnico de Comunicação Autárquica não tem que se reger pelo Codigo Deontológico dos Jornalistas. Os Técnicos de Comunicação Autárquica divulgam as decisões das forças políticas, ainda que a oposição seja contra. O que nos interessa é a posição do órgão. As forças políticas que integram o órgão devem fazer valer os seus pontos de vista e posições através de meios próprios. Uma deliberação aprovada sem unanimidade é apresentada como uma deliberação aprovada, é o que interessa. Não temos que ter direito de resposta num Boletim, como num Jornal. É errado sermos guiados pela Lei de Imprensa.

8. O Boletim é fundamental para a divulgação de informações. Não foi e não será substituido pelos sites, são complementares, mas ambos essenciais. O Boletim não pode ser descurado, pois grande parte da populção ainda não tem acesso às novas tecnologias, é o Boletim que chega a cada casa, a cada Munícipe. O Boletim faz a ponte com o futuro e e a ponte entre os vários estratos da população.

9. Os Boletins devem ser escritos de uma forma ligeira, clara, fácil de entender. Devem suscitar o interesse de quem os lê. Deve ainda ter-se atenção às sugestões dos leitores, perceber o seu feedback.

10. O Técnico de Comunicação Autárquica deve estar próximo do Presidente da Autarquia. Deve ser uma relação directa e de confiança. Esta relação favorece trocas de opinião e os Técnicos de Comunicação devem estar seguros das suas ideias e das suas técnicas para as fazer valer, para conseguir produzir um trabalho cada vez melhor.

11. Em articulação com os dirigentes autárquicos deve ser estabelecida uma estratégia de Comunicação Interna e Externa. Os Técnicos devem ter um grande conhecimento dos projectos para os poderem divulgar com eficácia.

12. Os Gabinetes de Comunicação devem ter uma equipa multidisciplinar com profissionais das várias áreas que compõem as suas funções, i.e.: Relações Públicas; Marketing e Publicidade; Comunicação/Jornalismo; Informática/Multimédia; Design; Fotografia/Audiovisual; Administração e distribuição.

13. O Técnico de Comunicação Autárquica deve ter mais Autonomia na sua actuação, menos interferências por parte dos dirigentes políticos em questões técnicas e operacionais.

14. O Gabinete de Comunicação Autárquica deve possuir uma estrutura orgânica, com orçamento próprio. Deve ser atribuído, por exemplo, um orçamento anual para publicidade. Noinício do ano, com base no plano de actividades, com a experiência dos anos anteriores e conhecimento dos projectos para cada ano o Técnico de Comunicação Autárquica negoceia com os meios de Comunicação com quem trabalha pacotes de publicidade. Estabelecer um orçamento definido e pensado é uma solução mais económica do que comprar publicidade por propostas ou para eventos ocasionais.

15. O Técnico de Comunicação Autárquica deve ter isenção de horário. Esta profissão requer trabalho extraordinário que surge a qualquer momento, deve usufruir de condições especiais, nomeadamente de horário, mas estar sempre disponível para assegurar as tarefas.


16. Devem ser criados canais de escoamento de informação privilegiados entre os vários serviços e o de Comunicação. As informações vindas do executivo ou dos outros serviços devem chegar ao gabinete de Comunicação com rapidez, para uma melhor e mais eficaz divulgação.

17. O site de uma Autarquia deve ser acessível; atractivo e funcional; permitir comunicação bidireccional; ser um complemento informativo e ter uma actualização permanente.

18. Para chegar à população os meios ideiais são o Boletim; a internet, nomeadamente as redes sociais; agenda cultural; newsletter; carros de som; informações divulgadas em associações e cafés; cartazes, editais e o press release.

19. Os meios de Comunicação Interna preferenciais são a intranet, o telefone, o e-mail, a comunicação pessoal, os placards, as reuniões periódicas entre os vários sectores.

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